terça-feira, 27 de agosto de 2013

Procissão das galinhas

No passado dia 26 realizou-se na freguesia do raminho a procissão das galinhas na qual as crianças da freguesia saltaram para dentro da caixa de carrinhas para apanhar as ofertas das várias pessoas para a igreja.

Caminhada do grupo de acólitos e outros jovens 

 No passado dia 7 de agosto realizou-se uma caminhada com o grupo de acólitos e outros jovens que queriam participar.
 A caminhada teve como rota a costa da Serreta incluindo uma parte da Fajã da serreta, durante a caminhada realizou-se um jogo de perguntas, com duas equipas, mas no final acabaram todos por ganhar.


domingo, 9 de junho de 2013

No dia 9 de junho de 2013 celebrou-se uma Eucaristia campal de encerramento da catequese e festa do envio, por parte da catequese do 9º ano. Seguiu-se um almoço partilhado com as crianças e famílias.





segunda-feira, 29 de abril de 2013

As Bem- Aventuranças são um caminho seguro para a felicidade.
O grupo de catequese do 7º ano viveu de modo particular este texto tão belo na Eucaristia de domingo, partilhando- o com a comunidade.



Dia do bom pastor.
Sendo o dia do bom pastor foram oferecidas ao nosso pároco algumas lembranças, como homenagem ao serviço prestado pelo mesmo.



Entrega da cruz pelo 8º ano de catequese.
O grupo do oitavo ano viveu a importância da cruz e recebeu um símbolo que lhes recordará o sacrifício de cristo e de outras personagens que os jovens deram a conhecer.





segunda-feira, 8 de abril de 2013



Entrevista


Irmã Elvira Maria Berbereia



Alexandra - Como descreve a sua infância?
Irmã Elvira - Feliz, despreocupada, com um bom ambiente familiar, com uma boa vizinhança. Gostava de ir a tudo o que, no tempo se celebrava na igreja: mês de Maria, mês das almas, catequese que comecei a frequentar desde os cinco anos. As minhas vizinhas, as “Tesoureiras” como dizíamos, foram as minhas primeiras catequistas. No entanto, foi com os meus pais que aprendi a rezar e também com o meu pai aprendi a cartilha de João de Barros antes de ir para a escola.
Gostava muito de crianças. Brinquei muito com as outras crianças vizinhas, tive uma infância prolongada... Na escola nunca tive dificuldades.
Gostava muito de festas e de conviver.
Tive o necessário e, na altura, não se via, não se desejava…


Alexandra - Quando descobriu a sua vocação?
Irmã Elvira - É-me difícil dizer quando, porque a vocação de cada um, penso eu, que em geral, vai-se descobrindo. No entanto posso dizer que em criança quando a Ir. Calmarinda Rosalina veio ao Raminho, donde era natural, foi à catequese e falou com muita convicção e ardor sobre as missões. Nesse dia, disse à minha mãe que queria ser missionária. Nunca mais pensei em nada.
 Namorar e casar foi era o projeto comum. Namorei, pelos 18 anos, quando estudava no colégio de Santo António, no Faial, dirigido pelas Irmãs da minha Congregação, comecei a por a questão da vida como vocação. O testemunho das Irmãs, que nunca nos falavam em sermos freiras, e o Senhor, que chama quem, e quando quer, levou-me a decidir, tinha então 19 anos. Fiz o 5º ano e embarquei nesta aventura que tinha os seus riscos, mas a força da juventude e o toque de Deus faz-nos perder o medo.


Alexandra – Por onde andou, enquanto religiosa?
Irmã Elvira - Depois de 3 anos de formação inicial, em Santo Tirso, professei e frequentei durante mais 2 anos um curso, intercongregacional, de Estudos para Religiosas juniores (de votos só temporários).
Nessa altura, comecei a fazer cadeiras do 6ºe 7º anos. Depois comecei a trabalhar como professora do “ciclo preparatório” dando ciências e matemática, apenas com autorização provisória de lecionação. A trabalhar e a estudar, acabei o 7º ano e fiz a licenciatura em Geografia na Universidade do Porto.
Lecionei em Ermesinde, Gaia, Amarante, Lamego e Leiria, sempre em colégios particulares e durante 19 anos.


Alexandra - Uma história que a marcou?
Irmã Elvira - Quando escrevi aos meus pais, do colégio, a pedir-lhes para ir para a vida religiosa, a minha mãe, respondeu-me e guardo uma expressão dela que me tem ajudado em certas ocasiões: “pedi 11 anos (os meus pais estiveram 11 anos sem filhos) a Nossa Senhora que me desse uma filha, agora pede-ma devo dá-la”. Sei que sofreram com a minha decisão mas confiavam em Deus. E Deus não se deixa vencer em generosidade. Quando começaram a precisar de mim, sem eu nunca pensar, fui enviada, precisamente para a Terceira, acompanhando-os assim, muito de perto até ao fim da sua vida nesta terra.


Alexandra - Desde quando organiza os esquemas e qual a sua opinião em relação à participação dos Jovens?
Irmã Elvira - Foi-me pedido, pela Superiora de então, para ajudar na realização dos esquemas da Mensagem de Fátima em vez de uma Irmã que tinha sido transferida para outra ilha. Já lá vão 27 anos (já deves ir para a reforma, dirão e com razão…).
Ao longo destes anos, noto uma grande diferença e esta faz-se sentir em espaços de tempo cada vez mais curtos. São as mudanças rápidas e profundas do nosso tempo. Os jovens continuam a participar com interesse, o número de participantes não tem diminuído mas, a maturidade que capacita uma interiorização e uma participação mais ativa e com projeção e continuidade, vai sendo menor.  Não admira se, hoje, a juventude vai até aos 30 ou 40 anos para alguns…!


Alexandra - Como é que a Madre Maria Clara influenciou a sua vida religiosa?
Irmã Elvira - Com o Concílio do Vaticano II fomos chamados a ir às fontes e desde aí, o conhecimento dos nossos Fundadores foi sendo uma descoberta que me levou a “perceber” melhor o Carisma a que o Senhor me chamou a viver, nesta família religiosa das Irmãs franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. A vida da Mãe Clara, a sua fé e caridade, a sua coragem e fortaleza, perante tantas e tantas dificuldades, o seu despojamento e pobreza, entrega, simplicidade e alegria são, para mim, desafios constantes.


Alexandra - Como vê o futuro dos jovens de hoje?
Irmã Elvira - Os jovens são sempre “os jovens”, ontem e hoje. Vejo-me às vezes muito retratada neles, em alguns traços, inquietação, busca, rebeldia perante o sempre se fez assim…O futuro dos nossos jovens está a ser delineado por nós adultos, que lhes cortamos as asas, com a superficialidade, relativismo e consumismo que marcou estas últimas décadas e que fizeram com que as famílias, (ajudadas pelos meios de comunicação, cada vez más rápidos e atraentes) não só se afastassem de Deus como, em consequência, se aliassem da necessidade de criar um ambiente propício para as crianças e jovens crescerem com valores claros. Os valores que norteiam a vida e a Fé, ou se bebem com o leite materno, ou então será muito mais difícil ajudar as novas gerações a acertar o passo para uma liberdade, na verdade e na responsabilidade.
Os jovens de hoje, como os do passado, são capazes de Deus, como qualquer ser humano, e capazes de arriscar a vida por uma causa. Espero e desejo que essa causa seja a adesão a Cristo e ao seu chamamento a segui-lo, por onde quer que lhes indique. Isto implicará uma resposta que leva consigo a marca da aventura, e também a do risco.
Deus pede que os jovens se liguem a Ele sem porem questões acerca de pormenores e das consequências da decisão, sem perguntas sobre o futuro. Ele quer que cada jovem crente, como Maria, responda “SIM”.
Por aqui passa o caminho para a felicidade que é construção sempre inacabada, não há “nenhum pronto a…”, para a comprar.


Alexandra - Neste Ano da Fé, que mensagem gostaria de Deixar?
Irmã Elvira - Há “necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência, sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Bento XVI, Porta fide 2).
A Fé acreditada é a fé rezada. É urgente que, pessoalmente e em grupos, rezemos a nossa fé. O nosso coração tem um segredo, um desejo de felicidade que é a energia da vida com sentido. O Senhor, ainda que saiba deste segredo do nosso coração, nunca arromba a sua porta, nunca viola o nosso espaço. Deus é um pedinte, passa à porta e bate…
Que posso deixar a quem ler estes alinhavos?
“Não tenhais medo!” (Beato João Paulo II) “Um olhar providencial de Deus, vela por nós” (Beata Maria Clara).
Há um sentido!
Há um centro! Há uma força!
 Há uma presença!
Há uma meta!
 Há uma vitória! Há um Deus Trino e Uno!
 Há o AMOR!                                           







Alexandra Lourenço